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Cotrisal realiza seu Dia de Campo
O Dia de Campo Cotrisal – Gerando conhecimento e superando desafios reuniu nos dias 14 e 15 de fevereiro em Sarandi os diferentes setores do agronegócio que, junto com empresas parceiras, mostram aos produtores rurais associados à cooperativa as novidades em produtos e tecnologias.
O Dia de Campo Cotrisal – Gerando conhecimento e superando desafios reuniu nos dias 14 e 15 de fevereiro em Sarandi os diferentes setores do agronegócio que, junto com empresas parceiras, mostram aos produtores rurais associados à cooperativa as novidades em produtos e tecnologias. Foram dois dias inteiros direcionados a criar um canal direto entre produtores e profissionais especializados da Cotrisal e de diversas empresas parceiras, cujos produtos, máquinas e serviços são utilizados por grande parte dos agricultores.
Para Walter Vontobel, presidente da Cotrisal, o Dia de Campo Cotrisal é um diferencial não apenas para o associado, mas para o agronegócio regional e estadual. “O grande desafio estratégico do agricultor é a decisão de quais serão os produtos que, respeitando o meio ambiente, viabilizarão suas propriedades e qual o melhor modelo de gestão. Todos esses recursos estiveram disponíveis em nosso Dia de Campo”, ressaltou.
Entre as atividades que fizeram parte da programação do Dia de Campo Cotrisal – Gerando Conhecimento e Superando Desafios, esteve a palestra “Construindo Altos Rendimentos com Sustentabilidade” ministrada pelo Engenheiro Agrônomo pesquisador da Embrapa, Dr. João Leonardo Fernandes Pires.
Para ele, o crescimento da produtividade deve ser sustentável. “Não existe mágica de aumentar a produção sem intervenção. O bom ou mau desempenho pode estar relacionado com acertos e erros do passado. Não existe receita pronta. As áreas de cultivo têm características diferentes. O histórico de cultivo das áreas é diferente, cada um com seu sistema; alguns mais diversificados, outros menos, com técnicas de manejo diferenciadas, por isso não dá para uniformizar, não existe garantia de grandes rendimentos usando um mesmo insumo”, esclareceu João Leonardo.
Segundo o pesquisador, o momento é de especialização, de buscar conhecimento específico para cada realidade de produção, para cada histórico. “Existem pesquisas que trazem reflexões sobre o que realmente limita a produtividade: o clima, o histórico, ou o manejo? Sabe-se que há um espaço grande para crescimento em um mesmo espaço e que os ajustes funcionam como uma escada. Ajeita o arranjo de planta e sobe um degrau, utiliza uma cultivar mais produtiva e sobe outro degrau, acerta no controle da ferrugem e avança mais um, e assim sucessivamente. Não existem passos largos. Tem que avançar corrigindo os problemas por etapas e agregando tecnologias que realmente sejam importantes para cada realidade. É necessário fazer escolhas corretas, elencar prioridades e ter foco no resultado em longo prazo”, explicou.
Em relação aos principais problemas que podem limitar a produtividade, ele citou a erosão e a compactação do solo. “É preciso cuidar da base da produção para valer a pena investir no restante. O produtor deve criar um ambiente para alto potencial independente das culturas. Existem muitas tecnologias e uma grande diversidade de opções, mas ele precisa analisar qual delas serve para a sua realidade e ter visão de sistema para criar ambientes de alta produção. A antecipação do cultivo de verão preocupa porque muitas vezes impede o cultivo de inverno. É preciso ter cuidado para não perder a palhada e a cobertura de solo. A estratégia de manter a produção de inverno continua sendo a melhor das opções, pois além de renda extra, proporciona a rotação de culturas que também é muito importante”, explanou.
Ainda de acordo com o Engenheiro Agrônomo, existem 305 cultivares de soja aptas para o cultivo na região e todos os anos novas são lançadas. “O ideal é fazer avaliação na propriedade e ver qual se encaixa melhor para aquele ambiente, pois nem sempre as novas cultivares resolvem todos os problemas. A cultivar que atingiu o recorde nacional de maior produtividade no ano passado foi uma lançada em 2008, então temos em mãos, há bastante tempo, cultivares que nos proporcionam chegar a rendimentos muito mais altos do que o temos hoje. Às vezes, é mais válido buscar conhecer melhor a cultivar que já se trabalha, buscando mais informações sobre manejo, peculiaridades e época ideal de plantio, do que apostar no desconhecido”, apontou, lembrando que o arranjo de plantas tradicional, de 40 a 50cm, atende ao controle de proteção de plantas e rendimento, sendo que em casos específicos, estreitar linhas pode trazer algumas vantagens, mas depende de avaliação. “A inoculação é um investimento muito interessante pois tem custo baixo e traz bons resultados”, completou o palestrante.
João Leonardo ressaltou que é possível sim criar um sistema de alta produção para a soja, trigo, milho, leite, ou qualquer outra cultura com sustentabilidade, mas para isso é preciso conhecer a realidade da propriedade, diversificar e investir em práticas conservacionistas. “Podemos chegar a rendimentos muito maiores do que os obtidos hoje. Cada realidade de produção necessita de diagnóstico e soluções específicas. O avanço é gradual e deve ser baseado em uma visão de sistema de produção. Se pudesse escolher, começaria pela melhoria da qualidade do solo”, concluiu.
Data: 20/02/2019 - 18:32
Fonte: Assessoria de Comunicação Cotrisal
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